Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos


O tempo não dá trégua. A gente pisca e se passou um período muito mais longo do que a gente imaginava. O evento a respeito do qual eu quero fazer um breve relato aconteceu há quase três semanas. Eu estava pensando comigo mesmo que eram quase duas semanas. O tempo é inclemente, assustador. 

Mas talvez isso seja a fim com o que ocorreu dia 3 de agosto passado. Falo do lançamento, com sessão de autógrafos, do livro A Voz dos Novos Tempos, uma nova publicação da Editora Santa Sede, a partir de uma oficina literária derivada das oficinas literárias, digamos, mais comuns da Oficina Literária Santa Sede e suas crônicas de botequim. 

Neste caso, a ideia foi juntar um grupo de cronistas que tivessem sessenta ou mais anos de idade. Autoras e autores são Ananyr Porto Fajardo, Andréa Aquino Ferreira, Ângela Puccinelli, Eugênia Câmara, Graciella Tomé, Iara Tonidandel, Jane Maria Ulbrich, João Luiz de Mello, Jorge Luiz Bledow, Maria Helena Schirmer Mattos, Nelson Ribas, Raul Tartarotti, Silvio Silbemberg e Tetê Lopes (copiei os nomes da capa). Na contracapa está escrito que “a proposta foi explorar este novo universo de relações oferecendo a palavra a quem está vivendo esta verdadeira pororoca entre impressões de apogeu e declínio”. Ou seja, como é se sentir chegando (e passando) aos sessenta, essa idade em que se é na prática legalmente um idoso, a partir dos próprios protagonistas. 

Esse lançamento, como é usual, foi no Bar Apolinário, como dito, dia 3 de agosto de 2023, a partir das 19 horas. 

Eu cheguei ao local faltando uns 10 minutos para as 20. O bar estava cheio, praticamente lotado. Tanto que encontrei alguns dos amigos cronistas e colegas e resolvi permanecer pela frente do estabelecimento, aguardando um desafogo. 

Qual não foi a minha surpresa, e de todos, quando, logo em seguida, houve um apagão no bar, e somente nele. Na Rua da República, a iluminação continuava normal. 

Logo em seguida os profissionais do bar trararam de evacuá-lo. Estava ocorrendo um incêndio na cozinha. 

O Apolinário foi rapidamente esvaziado. Aparentemente ninguém se feriu. Contudo o ocorrido causou tristeza e decepção a várias das pessoas envolvidas. 

Apesar de em um momento ter sido possível ver as labaredas através das janelas da porta da cozinha, o fogo não se espalhou e aparentemente se extinguiu espontaneamente. 

Tive a impressão que os bombeiros demoraram a chegar. Talvez uns trinta minutos (e o quartel de bombeiros mais próximo do Apolinário fica a, no máximo, uns cinco minutos de distância. Contingências que possivelmente a corporação explique). 

Passado o susto, muitos dos autores acabaram retornando para suas casas. 

Alguns outros acabaram indo ao estabelecimento vizinho, o Alameda, e por lá comeram, beberam, conversaram e deram autógrafos. No meu exemplar estão os autógrafos do Raul, da Eugênia, da Graciella, da Iara, da Jane e da Ananyr. 

Como eu disse antes, quando cheguei encontrei amigos cronistas e colegas. Com eles fiquei. Comemos, bebemos e conversamos. 

Acho que fomos embora quando o Alameda fechou. 

É possível que uma nova sessão de autógrafos seja agendada. Talvez. Quem sabe? 


.

























.

21, 22/08/2023.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Feliz aniversário, Avelina!