Hanami – Cerejeiras em Flor
Hanami – Cerejeiras em Flor
Neste final de semana fui assistir ao filme Hanami – Cerejeiras em Flor. É uma produção alemã de 2008, sendo exibida num horário restrito no Unibanco Arteplex: uma sessão por dia, às 19 h 20 min. Resolvi assistir porque é um filme que é ambientado em parte no Japão, e o Japão tem algo de estranho e magnético para mim.
A chamada do filme, no folheto de divulgação da sala de cinema fala de uma mulher madura que fica sabendo da doença terminal do marido através de dois médicos, que supostamente o acompanharam em algum tipo de “check-up”. Eles a questionam se ele teria estrutura psicológica para receber a notícia. Eles também não sabem quando a doença manifestará seus sintomas.
Ela resolve não dizer nada ao marido. Convida-o para viajar. Visitar os filhos em Berlim (eu suponho que o casal viva em algum lugar da Baviera, próximo aos Alpes), fazer aquela viagem há tanto adiada ao Japão.
O casal se dirige a Berlim, onde vivem dois dos três filhos (o terceiro vive em Tóquio). Em Berlim, não como não notar que o casal é tratado pelos filhos como um estorvo. Quem melhor os trata, não é nenhum dos filhos, mas uma nora...
Depois de alguns dias em Berlim, o casal resolve ir à praia, ao Báltico. Há muito tempo não faziam isto.
E mais além disso, não dá para dizer sobre o filme, sob pena de estragar o prazer e as surpresas que os filme reserva aos seus espectadores. E ele reserva de fato algumas surpresas.
Claro que restringir a narrativa apenas até este ponto, torna um pouco este comentário meio sem sentido.
Falar em prazer estético, dizer que o filme é emocionante, que o filme é comovente acabam parecendo meio sem sentido.
Mas, bem, é para isso mesmo que estou escrevendo. Para dizer que o filme é emocionante e comovente. E eu fiquei emocionado. E pude perceber que não fui o único na platéia que ficou emocionado com o filme. Claro que a proposta da diretora, Doris Dorrie, era mexer com nossas emoções, mas fazer o quê?
E, sim, o filme tem locações no Japão. Mostra Tóquio como a megalópole que de fato ela deve ser. E lá estão as cerejeiras, e também o Monte Fuji. Um pouco daqueles estereótipos sobre o Japão, mas tudo me pareceu extremamente no lugar na proposta do filme, exceção talvez à atriz de teatro butô, fluente em inglês (mas este detalhe não tem importância para mim).
Um filme muito marcante.
18/01/2010.
Este texto foi publicado em 21 de janeiro de 2010, no Voltas em Torno do Umbigo.
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