Bravura Indômita
Bravura Indômita
Parece que o que os irmãos Coen querem mostrar é “a vingança é possível.
Quanto você está disposto a pagar para tê-la?”. Esta é a ideia que o filme me passou. É bem verdade que eu não li o livro de Charles Portis que deu origem ao filme. E também não vi o filme produzido em 1969, estrelado por John Wayne (ou se vi, se o filme de 1969 passou em algum momento na TV, eu me esqueci completamente).
A verdade é que o filme é muito bom e muito divertido. Jeff Bridges faz um ótimo Cogburn, o agente federal contratado por Mattie Ross, a menina que conta a história, para pegar o assassino de seu o pai. Hailee Steinfeld faz o papel da menina teimosa, esperta e manipuladora que faz de tudo, e paga um preço alto, para vingar a morte de seu pai.
Fora isso, os irmãos Coen criam um oeste muito interessante. O filme se passa em algum momento entre o final da Guerra da Secessão e o início do século XX, em algum lugar entre o Arkansas e o Texas. Pelo menos um hino cristão (religioso) faz parte da trilha sonora do filme. E Cogburn é um tremendo tagarela, em muitas das cenas ele está lá contando alguma história de seu passado. E vai passar seus últimos dias num show circense do “Velho e Selvagem Oeste”. Aliás, o filme tem disso, bastante conversa. E claro, tiroteios, duelos, mortes. É um faroeste.
Eu assisti Bravura Indômita no dia seguinte ao que assisti O Discurso do Rei. E achei Bravura Indômita um filme muito melhor, embora, obviamente, sejam filmes muito diferentes. E também achei a atuação de Jeff Bridges superior à de Colin Firth, não significando com isso que a atuação de Firth tenha sido ruim, muito pelo contrário. Apenas achei Bridges superior. Em todo caso, acho que a Academia não quis dar um Oscar a Bridges pelo segundo ano seguido.
Mas fica a questão: o que você está disposto a pagar para ter a sua vingança?
09/03/2011.
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