Sombras da Noite (“Dark Shadows”)


Sombras da Noite (“Dark Shadows”)


Neste final de semana saímos para ver Sombras da Noite, a mais recente produção cinematográfica de Tim Burton, estrelada por Johnny Depp.
Apesar de mais ou menos vendido como terror, afinal há vampiro, bruxas, fantasmas, feitiços e maldições no filme, na verdade o filme se trata de uma comédia, com alguns lances de humor negro, com algumas cenas desagradáveis, mas basicamente uma comédia.
Barnabas Collins é um jovem emigrado da Inglaterra para a Nova Inglaterra (nordeste dos atuais Estados Unidos) no final do século XVIII. Na Nova Inglaterra a família prospera,mas por conta de uma maldição ele é transformado em um vampiro, e fica preso por 200 anos.
Quando ele é libertado, em 1972, encontra os remanescentes de sua família formando um núcleo altamente disfuncional, e os negócios da família próximos da bancarrota. Ele também não se encaixa muito bem nas transformações que o mundo passou nesses 200 anos em que ele ficou preso.
As atuações são muito boas. De maneira geral, ninguém compromete. Eu destacaria a boa atuação de Michelle Pfeiffer, como a matriarca da remanescente família Collins, e Eva Green, como Angie, a vilã da história.
Cinema é ilusão e eu fiquei encantado com o Maine de 1972, recriado no interior da Inglaterra, onde foram feitas as filmagens, conforme os créditos. Ajuda bastante uma boa trilha sonora com Iggy Pop, Barry White, Carpenters, Alice Cooper, e The Moody Blues. Eu fiquei particularmente tocado com a canção “Nights in White Satin”, dos Moody Blues, quando a personagem Victoria Winters aparece, em um trem a caminho da mansão Collins, para ser tutora do caçula da família, David.
Eu fiquei bastante encantado com a atriz Bella Heathcote caracterizada  como Victoria. E, como eu disse acima, com sua aparição no filme, ao som dos Moody Blues.
Aliás, uma maneira de perceber que se está ficando velho é quando a atriz que mais lhe encantou no filme tem a idade de seu filho. Mas tudo bem, como já foi dito, cinema é ilusão, e no filme ela fica com um homem que é mais velho que eu (embora caracterizado como mais jovem).
Por fim, volto a destacar, a obra é mais uma comédia que um filme de terror. A plateia mais ri, algumas vezes às gargalhadas, outras vezes um riso contido, a plateia mais ri que toma sustos. Eu tive a impressão que o diretor o tempo todo tenta ser irônico, ou debochado, ou ambas as coisas. Ou não, vai saber...

.

Bella Heathcote, em imagem de divulgação do filme, da Warner Bros
.

01/07/2012.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos

Feliz aniversário, Avelina!