Happy Hour e Poetas Vivos


Estava numa noite dessas num bar nas escadarias do viaduto Otavio Rocha. Um bar com mesas no logradouro público. 

"Happy hour" com os colegas. Estávamos às tantas resolvendo os problemas do mundo e do Brasil. Eles secando o Internacional que jogava contra o Nacional do Uruguai, eu torcendo pelo Inter (o Inter superou o time uruguaio e avançou então). 

Então passa uma senhora pedindo dinheiro. Alega doença mental incapacitante. Leva alguns trocados.

Passa-se mais algum tempo e vem um homem vendendo salgadinhos, balas e doces. Nenhum de nós se interessa, afinal estávamos num bar. 

Mais um tempo e somos envolvidos por uma gritaria. Depois viemos a perceber que era uma espécie de jogral. Não lembro exatamente quantos eram, talvez meia dúzia entre entre homens e mulheres, todos bastante jovens. Negros. Era uma performance dos "Poetas Vivos". Não lembro o que declamaram. Só lembro o nome do coletivo. O grupo tem página em rede social  e foi alvo de reportagem do Sul21 . Entre jovens negros do Brasil, muito melhor que estes poetas estejam vivos. 

Os Poetas Vivos levaram mais alguns trocados a título de contribuição. 

Nós continuamos com nossa bebericagem. 


20/08/2019

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