Dines e Roth


No mesmo dia 22 de maio passado, se foram o jornalista Alberto Dines e o escritor Philip Roth. Pesado isso, de duas pessoas estimadas partirem na mesma semana, no mesmo dia. 

Não que fossem meninos. De fato, poderiam ir a qualquer momento. Roth estava com 85 anos, e Dines com 86. 

Dines só se tornou importante para mim nos últimos, talvez, 15 anos, com seu trabalho de crítica à mídia, no Observatório da Imprensa. Antes disso já era jornalista conhecido, tendo iniciado no metiê na década de 1950. Nos necrológios, informam que apoiou o golpe de 1964 (como a imprensa corporativa em geral o fez na época), mas isso pouco me importou. Sei que o Observatório da Imprensa, e Dines dentro dele, me foi importante. 

Já Roth entrou na minha vida através da leitura de "Complexo de Portnoy", ou "Portnoy's Complaint" no original, isto é, "A Reclamação (ou o lamento) de Portnoy". Um livro bastante divertido que li há alguns anos, e que semeou o desejo de ler outras obras de Roth; um projeto continuamente adiado, mas isso faz parte. 

A vida e a morte seguem seu ciclo. Nós por aqui ficamos. Por enquanto.


05/06/2018.

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