Quem tem razão no trânsito?
Quem tem razão no trânsito?
- Vocês viram?
Não. Nós não tínhamos visto. Éramos quatro, Peter, Joe, Claude e Xandi, mas apenas um prestara atenção ao acontecido, o Peter. Talvez porque o resto de nós estivesse distraído olhando para uma moça loira, com saia curta e tomara-que-caia logo a nossa frente...
- O que houve? - eu perguntei.
- O táxi, quase atropelou o cara que estava atravessando a rua ali na esquina.
A rua era a rua que estávamos - nos dirigíamos a um restaurante, intervalo de almoço - a General Câmara. A esquina era com a Avenida Mauá, uma das mais movimentadas do centro de Porto Alegre.
E o acontecido, segundo o Peter: como muita gente que circula por ali, um pedestre resolveu atravessar a rua, a General Câmara. Um taxista vinha da Avenida Mauá, quase atropelou o pedestre, e meteu o dedo na buzina. O pedestre, com bastante razão, apontou para a faixa de segurança. Há uma bem clara naquela esquina. O motorista encolerizado acelerou e quase atropelou o pedestre, que felizmente não se machucou, embora também tenha feito menção de socar o vidro do táxi. Se bem que no caso de punho contra vidro automotivo, o punho tende a levar a pior, a menos que o dono do punho seja carateca...
Eis ai mais um motorista de táxi que achava que faixas de segurança eram apenas decoração do asfalto, para quebrar a monotonia escura do piche, como já me aconteceu outra noite em que também quase fui atropelado numa situação parecida. A diferença é que comigo aconteceu em uma rua menos movimentada na zona norte da cidade.
Mais um momento de falta de urbanidade na metrópole, selva de pedra.
Motorista e pedestre ficaram enfezados.
Mas eu acho que a razão estava mais com o pedestre.
28/01/2015.
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