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Mostrando postagens de março, 2011

José Alencar, Um Grande Brasileiro

José Alencar, Um Grande Brasileiro Faleceu ontem o ex-vice-presidente da república, José Alencar. Era um homem que há tempos lutava contra diversos tumores que iam surgindo em seu corpo. Ontem, afinal, os tumores prevaleceram. E chamou a atenção no caso que o desenrolar dos fatos tenha se dado tão rápido. José Alencar lutava contra sua doença em praça pública. Pelo noticiário era possível acompanhar suas internações, as intervenções cirúrgicas que sofreu, novas internações, tratamentos experimentais, etc. E, em geral, parece que ele aparecia sempre sorrindo para as câmeras, enfrentando o câncer com resignação, quase galhardia. Nesse aspecto, e por conta de sua luta contra a doença desde os anos 1990, eu imaginava que ele ficaria vários dias internado antes de sucumbir. Não foi o caso. Ontem, por volta de uma da tarde, alguém comentou comigo que o ex-presidente havia sido internado novamente, e que os médicos diziam que o caso era grave, e que fariam apenas o possível para al

Diário – cinema – U2 3D

No final de semana fui ao cinema, e assisti o show do U2 em “3D” que estava passando em uma das salas. A ideia era assistir ao filme Cisne Negro, mas por algumas circunstâncias o programa acabou mudado. O show transformado em filme “U2 3D” já havia estado em cartaz não muito tempo atrás. A produção é de 2008, e junta imagens coletadas na turnê “Vertigo”, a partir de 2006, em Buenos Aires, São Paulo e Santiago. Quando “U2 3D” foi lançado nos cinemas faz uns dois anos, a notícia era que este show não seria transformado em DVD, nem passaria na TV. De fato, não saiu em DVD, mas a maior parte de um dos shows da turnê “Vertigo” realizada em São Paulo foi transmitida pela TV Globo. Não em “3D” é claro. E há o DVD da turnê “Vertigo” em Chicago. A turnê atual, chamada “360º”, que chega ao Brasil agora em abril já tem DVD lançado. O show-filme foi reapresentado em três sessões no final de semana passado em uma das salas do Arteplex, do shopping Bourbon Country aqui de Porto Alegre. Um

Diário – Leituras – Gen – Pés Descalços

No original japonês: “Hadashi no Gen”, ou a versão em inglês: “Barefoot Gen”. A leitura de Santo Agostinho e suas Confissões ganhou uma pequena pausa por conta dos livros da história em quadrinhos “Gen – Pés Descalços” 1 que meu filho arranjou emprestado. Nos dias de hoje, uma história em quadrinhos em quatro volumes, com a complexidade mostrada para contar a história de Gen seria pomposamente chamada de “graphic novel”. Eu continuo chamando de história em quadrinhos, o que não é nenhum demérito. Gen é o personagem protagonista dos livros. Um menino que deve ter entre 10 e 12 anos de idade, com um pai artesão, dois irmãos, uma irmã, e uma mãe nos últimos dias de gravidez de mais uma criança. Os livros contam sobre o Japão, e especificamente sobre Hiroshima desde os últimos dias da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, passando pelo bombardeio atômico de Hiroshima, e o final da Guerra. O autor, Keiji Nakazawa, mostra as privações que a população japonesa enfrentava por conta da gu

Elizabeth Taylor (1932-2011)

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Elizabeth Taylor (1932-2011) A atriz Elizabeth Taylor faleceu ontem, de problemas cardíacos, na Califórnia. Eu gostaria de dizer algo relevante a respeito da atriz, mas não tenho nada de muito importante a dizer a esse respeito. Talvez comentar sobre seus olhos que dizem que tinham cor de violeta, ou de sua beleza deslumbrante, de tal forma que em algum lugar uma vez me lembro de ter lido de alguma outra atriz cujo nome não lembro ter dito que era horrível conviver com alguém tão linda que de manhã cedo, ao acordar, sem maquiagem já era linda. Ou talvez comentar de seus casamentos tumultuosos com o também ator e já falecido Richardsônia Burlona. Eu pensava que foram três casamentos. Agora li num necrológio que foram dois. Mas, também, qual a importância disso agora? Só me lembro, vagamente, da atuação de Elizabeth Taylor no filme Cleópatra , de 1963. Talvez eu deva assistir a este filme de novo... A foto que ilustra este texto é de divulgação da 20 th Century Fox,

Dia Mundial da Água

Dia Mundial da Água Foi ontem, 22 de marco. Ou seja, estou atrasado com relação ao assunto. Na verdade eu não entendo muito do assunto, e só estou comentando por conta de ter visto certo rebuliço nos saites de notícias, e ter também visto um folheto de uma empresa de saneamento tratando do tema. A água é uma substância peculiar que permite o surgimento e a conservação da vida tal qual a conhecemos. É por sua singularidade que quando um lago congela durante o inverno, apenas a camada superior do lago vira gelo, enquanto a maior parte da água se mantém líquida; com isso a própria camada de gelo funciona como uma espécie de isolante, e permite a manutenção da vida nesse lago hipotético. Diz o conhecimento vulgar que o corpo humano é constituído de 70% de água. E um personagem de um filme argentino, que vi há algum tempo, declarou que também os tomates eram constituídos em 70% de água, tal qual os seres humanos. Toda esta movimentação em torno da água, me parece, tem a ver justament

Dia Internacional de Combate ao Racismo

Hoje pela manhã fui alertado por um colega que hoje era o Dia Internacional de Combate ao Racismo. Eu não sabia. Mas por conta do dia, a Folha de São Paulo publicou um texto da Ministra Luiza Barros, da Secretaria Especial para Promoção da Igualdade Racial, no qual ela comenta a origem da efeméride, o “Massacre de Sharpeville”, em 1960, na África do Sul do regime do apartheid, quando forças da repressão abriram fogo contra manifestantes que protestavam contra uma lei do passe, que restringia o direito de ir e vir. Fui pesquisar no Google , e o mecanismo de busca confirmou o dia. Fez mais, informou que no Brasil há um Dia Nacional de Combate ao Racismo, 18 de novembro. Assim, me parece que temos atualmente quatro dias para refletir sobre o problema da desigualdade fenotípica no Brasil, 21 de março, Dia Internacional de Combate ao Racismo; 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura; 18 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Racismo; e, por fim, 20 de novembro, Dia da Cons

Diário – Leituras – As Confissões de Santo Agostinho

Diário – Leituras – As Confissões de Santo Agostinho No momento estou lendo As Confissões de Santo Agostinho. No momento estou lendo As Confissões de Santo Agostinho de novo. Santo Agostinho foi um bispo da Igreja Católica que viveu entre os séculos IV e V da Era Cristã, e até hoje é uma figura importante para a teologia cristã, tanto católica quanto protestante. E em As Confissões ele narra sua jornada espiritual, de seu nascimento até abraçar a fé cristã na versão do catolicismo do século IV. Isso até determinado ponto do livro. Depois disso ele tem suas reflexões teológicas. As Confissões é único livro de um santo da Igreja Católica, no final da Antiguidade, que fala de sua vida pregressa, antes de sua conversão. Ou seja, ele comenta momentos de sua vida em que ele não era tão santo assim. A obra é uma marco tanto para a literatura, quanto para a filosofia e a teologia ocidentais. Se constrói como uma longa oração a Deus, mas de fato se constitui como livro de memórias,

Fim da História

Fim da História Neste final de 2010 chegou também ao fim meu ciclo na faculdade de História. Minha aplicação aos estudos foi leve. Tão leve que o curso, inicialmente programado para ser concluído em 10 semestres, ou cinco anos, foi terminado após em 17 semestres. 8 anos e meio! Mas a realidade é que estudar História me deixava satisfeito. A maior parte do tempo eu me sentia feliz de estar ali, aprendendo coisas novas, algumas vezes trocando ideias, discutindo um ou outro ponto de vista a respeito de qualquer evento, ou processo. Tanto que após os tais 17 semestres levados para concluir a licenciatura, fiquei por mais 4 semestres para obter a graduação do bacharelado em História. Verdade que, após a conclusão da licenciatura, houve alguns momentos de vacilação. De questionar se valia a pena continuar para obter uma nova graduação na mesma faculdade. Mas comparativamente ao que já havia sido feito, mais quatro semestre pareceram pouco, e acabaram por ser vencidos também. Contu

Bravura Indômita

Bravura Indômita “A punição vem, de um jeito ou de outro”, este é o lema que está junto ao cartaz de divulgação do filme Bravura Indômita (isto, ou algo muito parecido com isto). Parece que o que os irmãos Coen querem mostrar é “a vingança é possível. Quanto você está disposto a pagar para tê-la?”. Esta é a ideia que o filme me passou. É bem verdade que eu não li o livro de Charles Portis que deu origem ao filme. E também não vi o filme produzido em 1969, estrelado por John Wayne (ou se vi, se o filme de 1969 passou em algum momento na TV, eu me esqueci completamente). A verdade é que o filme é muito bom e muito divertido. Jeff Bridges faz um ótimo Cogburn, o agente federal contratado por Mattie Ross, a menina que conta a história, para pegar o assassino de seu o pai. Hailee Steinfeld faz o papel da menina teimosa, esperta e manipuladora que faz de tudo, e paga um preço alto, para vingar a morte de seu pai. Fora isso, os irmãos Coen criam um oeste muito interessante. O fil

O Discurso do Rei

O Discurso do Rei O filme O Discurso do Rei começa com uma cena bastante perturbadora: em 1925, no encerramento de um evento no estádio de Wembley, o príncipe Albert é incapaz de fazer um discurso, que também seria transmitido via rádio para todo o Reino Unido (e, talvez, por ondas curtas, para todo o Império Britânico). E a gagueira do príncipe, e a busca por uma cura, é o que nos conduzirá por todo o filme. Nessa busca por cura, a esposa de Albert, Elizabeth encontra o terapeuta Lionel Logue. Logue ajudará Albert ao longo do tempo. E o filme aborda, obviamente os eventos no decorrer dos anos 1930. Estes eventos são: a morte do Rei George V; a ascensão do Rei Edward VIII, irmão mais velho de Albert, ao trono; a crise gerada pelo desejo de Edward de se casar com Wallis Simpson, uma cidadã dos Estados Unidos, e que ainda por cima era divorciada (divorciada por duas vezes. Não era de se esperar que o Rei, chefe da Igreja da Inglaterra pudesse casar com uma mulher divorciada

Até Mais, e Obrigado pelos Peixes!

Até Mais, e Obrigado pelos Peixes! No quarto volume da trilogia de Douglas Adams, Arthur Dent volta à Terra. Mas a dúvida que persiste por todo o livro é “é mesmo a Terra?”. A suposta demolição do planeta levada a cabo pelos vogons no primeiro livro, é recebida como uma alucinação coletiva. Na Inglaterra se tornou senso comum uma certa teoria conspiratória, na qual tudo não teria passado de uma ilusão causada pela CIA. Contudo, os golfinhos e as baleias desapareceram do planeta. Por que tal sumiço teria acontecido? Neste volume também acontece de Arthur descobrir uma jovem chamada Fenchurch, pela qual se apaixona, e com quem vive momentos de felicidade, apesar de algumas coisas estranhas envolvendo a moça. No livro há uma divagação sobre o “errar a queda”, e seu uso. “Errar a queda” basicamente significa que se você não estiver alerta durante, por exemplo, um tropeço, a distração fará com que a lei da gravidade seja suspensa. Você pode flutuar e voar, e só voltará ao chão se s

Mike Starr morreu...

Mike Starr morreu... A notícia é da Folha.com . Mike Starr era baixista do Alice in Chains. O Alice in Chains foi um dos três conjuntos de rock que se destacaram na “onda Grunge” na década de 1990. Os outros dois grupos foram o Nirvana e o Pearl Jam . Esta “onda Grunge” gerou até um filme, Vida de Solteiro (“Singles” no título original), de 1992, onde um grupo de jovens de Seattle, estado de Washington, busca a felicidade e o sucesso. A notícia não esclarece as circunstâncias da morte de Starr, apenas informa que seu corpo foi encontrado em sua casa, no estado de Utah. Entretanto nos é informado que Mike Starr tinha problemas com drogas, já tendo se internado em clínicas de reabilitação, por conta do vício em heroína. recentemente ele foi preso com remédios de uso restrito, inclusive Xanax, que se não estou enganado é um remédio para emagrecimento. Ele tinha 44 anos. Estou escrevendo sobre isso porque é meio chato quando morre alguém de idade próxima à sua. E algué

A Musa do Carnaval

A Musa do Carnaval Cena 1: No final da tarde daquela quarta-feira Ludwig caminhava pela Rua da Praia com a intenção de voltar para casa. Quando estava na altura da esquina com a Uruguai, começou a ouvir uma batucada: "tum-dum, ski-dum, tum-dum"... Taróis, surdos, ... Normal. Era quarta-feira de vésperas dos Carnaval. neste ano o Carnaval caiu tarde, quase no outono. Ludwig pensou como tinha sido importante ler num livro sobre a Idade Média, que naquele tempo, a Idade Média, a Igreja Católica determinou que a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que surgisse após 15 de março. Determinada a data da Páscoa era só contar 40 dias antes e determinar o Carnaval. Simples. Como era quarta-feira, às vésperas do Carnaval, Ludwig pensou que talvez fosse um bloco se apresentando por ali. Estaria Porto Alegre copiando os blocos do Rio de Janeiro que desfilam e espalham a batucada por diversas partes daquela cidade no período carnavalesco? Ludwig alcanç

“Indesejada das Gentes”

“Indesejada das Gentes” Usei o o termo “indesejada das gentes”, pois já o ouvira ou lera em algum momento de minha vida. Mas desconhecia a origem. Mas nada que o Google não responda. E as referências indicadas pelo Google apontam para o poeta Manuel Bandeira , num poema chamado “Consoada”. Está copiado abaixo: Consoada Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: - Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. Que neste caso veio de um saite chamado “Cultura Brasileira” .

Uma, duas, três, quatro mortes num domingo

Uma, duas, três, quatro mortes num domingo No domingo passado, dia 27 de fevereiro de 2011, morreram pelo menos quatro pessoas minimamente conhecidas. Moacyr Scliar, 73 anos, médico e escritor gaúcho; Otávio Cardoso, 80 anos, ex-político também gaúcho; Carolina Scarpa, vulga Carola, 40 anos, celebridade paulista; e Benedito Nunes, 81 anos, professor e escritor paraense. O que isso significa? Não sei. Provavelmente nada, a não ser que a “indesejada das gentes” chega para todo mundo, para alguns mais cedo, para outros mais tarde. E, claro, a minha, talvez signifique que a nossa, ou a minha, ignorância é imensa. Ignorância no sentido de que ignoramos a existência de muitas coisas no mundo ao nosso redor. Moacyr Scliar é um escritor conhecido nacionalmente, e muito reconhecido regionalmente, um orgulho para os gaúchos que leram suas obras. Otávio Cardoso foi um político que fez carreira como quadro técnico da ARENA durante o regime militar (1964-1985), tendo se tornado senador bi

Hanami – Cerejeiras em Flor

Hanami – Cerejeiras em Flor Neste final de semana fui assistir ao filme Hanami – Cerejeiras em Flor. É uma produção alemã de 2008, sendo exibida num horário restrito no Unibanco Arteplex: uma sessão por dia, às 19 h 20 min. Resolvi assistir porque é um filme que é ambientado em parte no Japão, e o Japão tem algo de estranho e magnético para mim. A chamada do filme, no folheto de divulgação da sala de cinema fala de uma mulher madura que fica sabendo da doença terminal do marido através de dois médicos, que supostamente o acompanharam em algum tipo de “check-up”. Eles a questionam se ele teria estrutura psicológica para receber a notícia. Eles também não sabem quando a doença manifestará seus sintomas. Ela resolve não dizer nada ao marido. Convida-o para viajar. Visitar os filhos em Berlim (eu suponho que o casal viva em algum lugar da Baviera, próximo aos Alpes), fazer aquela viagem há tanto adiada ao Japão. O casal se dirige a Berlim, onde vivem dois dos três

A Vida, O Universo, e Tudo Mais

A Vida, O Universo, e Tudo Mais A Vida, o Universo e Tudo Mais é o terceiro volume da trilogia de cinco livros escritos por Douglas Adams. O título remete ao primeiro volume da série, quando seres pandimensionais hiperinteligentes queriam saber a resposta sobre “a vida, o universo e tudo mais”, e obtiveram como resposta de um computador chamado Pensador Profundo que a resposta à pergunta sobre a vida, o universo e tudo mais era 42.Esta resposta foi dada pelo Pensador Profundo após 7,5 milhões de anos de processamento. Eles tiveram que voltar a pensar qual seria a pergunta adequada a uma tal resposta. No volume três entram em cena os robôs guerreiros do planeta Krikkit, que estão em uma busca por materiais que permitam aos habitantes do planeta Krikkit sair do isolamento que lhes foi imposto pelos demais habitantes do restante do universo, pois os nativos do planeta Krikkit ficaram tão espantados quando descobriram que havia vida fora de seu planeta, que logo desencadearam uma guerra

Primavera é tempo de apreciar as flores

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Primavera é tempo de apreciar as flores . . . . . . E dizer que a primavera é tempo de apreciar as flores é um truísmo, pois desde que estamos sendo alfabetizados, na mais tenra infância, somos informados que a primavera é a estação das flores, quando a natureza se exibe em toda sua exuberância, e as plantas exibem uma variada gama de cores. Pelos menos foi o aconteceu comigo quando fui apresentado às primeiras letras. Já escrevi sobre o “Hanami”, o festival japonês para “olhar as flores” (que afinal é o que significa “hanami” em japonês, “olhar as flores”). Mas o hanami acontece no inverno do hemisfério norte, em janeiro, e está ligado à florescência da cerejeira, “sakura” ou “sakurá” para os japoneses. Soa contraditório, mas é o que acontece. Quando tive o privilégio de ver a floração da cerejeira aqui em Porto Alegre, também foi no inverno, em julho. Em todo caso é bom ver a beleza das flores. As fotos que acompanham este texto foram batidas no final de novembro de 2010, enq

Ainda sobre Hanami em Porto Alegre

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Ainda sobre Hanami em Porto Alegre . . Quando estive escrevendo (e pesquisando) sobre Hanami outro dia, cheguei a um linque curioso, que fornecia um título chamado “Hanami à Belzontina” * . Pois esse blogue falava das belezas das flores e árvores nativas de Belo Horizonte, destacadamente os ipês, com flores de diversas colorações. Eis aí uma maneira de pensar o “hanami” no Brasil. Para além da bela, exótica e rara cerejeira japonesa, olhar as plantas e flores que tornam nossas cidades mais belas e exuberantes. Pois se alguém fizer pesquisa no Google sobre flores de Porto Alegre provavelmente também achará informações sobre ipês, também com flores de diversas colorações. E sobre jacarandás. De minha parte não posso deixar de falar de uma plantinha ubíqua pelas nossas ruas, e que no verão deixa Porto Alegre um pouco mais cor-de-rosa, são as “extremosas” ( “Lagerstroemia indica” ). Dizem que a origem da tal plantinha é indiana, mas qualquer um que passeie por Porto Ale

Hanami em Porto Alegre

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Hanami em Porto Alegre . . . . A primeira vez que ouvi falar em Hanami foi em um filme alemão muito tocante, que inclusive já comentei . Depois houve uma referência por parte da Regina Casé, no Fantástico, comentando o Hanami. Se trata do período de florescimento das cerejeiras (“sakura”, em japonês). Segundo a Wikipédia, “hanami” significa literalmente “olhar as flores”. Na versão em inglês da Wikipédia o verbete se estende um pouco mais, informa, por exemplo, que a floração da cerejeira se dá em janeiro (ou seja, em pleno inverno. Eu imaginaria tal evento ocorrendo em plena primavera.), e que os japoneses se reúnem em Ueno Park, em Tóquio para apreciar as flores, fotografá-las e fazer piqueniques sob as cerejeiras. Esteticamente a coisa é muito bela. Flores em tons de rosa, com amigos e familiares reunidos. E dizem que isso é celebrado todo ano. E que esta celebração saúda também a efemeridade desta beleza. A floração das cerejeiras dura uma semana, no máximo, duas