Celebração de 15 anos da Oficina Literária Santa Sede, Crônicas de Botequim


No momento em que escrevo, já se passaram duas semanas desde a celebração dos 15 anos da Oficina Literária Santa Sede, Crônicas de Botequim. Como é sabido, a Oficina é uma criação do Rubem Penz. Se houvesse uma celebração dessas todo ano, eu poderia apelidá-la de “Rubempalooza”!  

Essa celebração ocorreu em um sábado, 8 de março de 2025, um dia tórrido nos estertores do verão porto-alegrense. De fato, o pico de uma onda de calor que tomou conta da cidade naqueles dias. A comemoração se deu por meio de um workshop, no Edifício Força e Luz (que chegou a ser chamado de Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo), na Rua dos Andradas. 

O workshop começou com uma palestra do cronista Eduardo Affonso. Affonso vive no Rio de Janeiro e escreve para o jornal O Globo. Além disso, oferece sua própria oficina de crônicas, que se dá por meio virtual, online. Na divulgação do workshop, a palestra de Affonso foi chamada de aula magna. De fato, ele falou sobre a crônica e sobre a trajetória dele como escritor. Ao final da palestra houve momento para perguntas e leituras. As leituras foram tanto da parte do palestrante, como da de ouvintes, a maioria dos quais e das quais também escritores e escritoras. 

Houve um intervalo, e, após, o workshop foi retomado com um debate sobre jornalismo cultural com os jornalistas Adriana Androvandi, Luís Diel, Roger Lerina e Vítor Diel, mediado pela escritora Ana Luiza Rizzo. Mesa representativa, pois composta por jornalistas do meio impresso, do rádio e de veículo na internet. E a grande questão possivelmente foi mesmo para onde vai a cultura, a literatura e, em especial, a crônica. 

A seguir houve um póquete show com um trio formado por Ana Bizarro, Maurício Marques e Rubem Penz. 

Por fim, um debate entre os cronistas Rubem Penz e Eduardo Affonso, mediado por Patrícia Bassani. Grande pergunta: qual o futuro da crônica nesses tempos de mudança no jornalismo e nos hábitos de leitura. 

A plateia foi composta em grande parte por alunos e alunas e ex-alunos e ex-alunas da Santa Sede. O workshop também recebeu alunos e alunas de Eduardo Affonso. Eu chutaria a presença de, talvez, umas sessenta pessoas. 

O evento foi prejudicado por uma série de fatores. Já comentei o forte calor que fazia no dia. Além disso, havia outros eventos culturais concorrentes na cidade naquele sábado, inclusive alusivos ao Dia Internacional da Mulher, celebrado justamente em 8 de março. De quebra houve ainda o primeiro jogo do campeonato estadual de futebol, um grenal, na Arena do Grêmio (a partida foi vencida pelo Internacional por 2 a 0). 

À noite ainda houve uma confraternização de uma pequena parte da plateia no Ristorante Fontana, no Bom Fim. Mas isso já não era parte da programação do workshop. 

Bem, vida longa à Santa Sede! Que venham mais 15 anos!

Eu venho fazendo parte dessa história há mais de 10 anos. 


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O escritor e cronista Eduardo Affonso durante sua palestra ou aula magna



A mesa dos jornalistas culturais



Póquete show


O debate entre os cronistas Eduardo Affonso e Rubem Penz mediado por Patrícia Bassani

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A jornalista Silvia Marcuzzo escreveu um texto bastante abrangente sobre esse evento.


22, 25/03/2025. 

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