Uma noite de crônicas e boemia em 1º de fevereiro de 2023


A oficina chamada Musaico do Projeto Santa Sede terminou em 1º de fevereiro passado. Esta oficina consistiu em criar crônicas a partir de quatro músicas instrumentais. As músicas foram Sertão Alagoano, de Hermeto Pascoal; Bluishmen, de Moacir Santos; Bom dia, de Juarez Moreira; e Palhaço, Egberto Gismonti. Acredito que a maior parte dos participantes optou pela turma do happy hour, começando às 18 h, via teleconferência. Mas houve os que optaram pela turma da noite, às 20 h, presencial, como foi o meu caso. 

Nesse último encontro estivemos o Rubem, a Marcia, o Marcel (que é da turma do happy hour, mas, na prática, frequentou as duas turmas), e eu. A Silvia não teve condições de concluir a crônica do dia, e, se comparecesse iria sem texto, mas ela não foi. Luciano também não pôde comparecer. 

Em compensação, provavelmente por ser véspera de feriado municipal, a oficina teve visitas. Lá estavam o André, o Gian e a Carol. Talvez alguém tenha me dito que o Tiago também passou por ali.

O texto do Rubem apresentava a música de Egberto Gismonti, esmiuçando os movimentos desta música, e justificando o seu uso como um réquiem. 

O texto da Marcia misturou estilos, ao falar de aromas. Teve momentos de crônica, outros de conto, e até um tanto de poesia. 

O Marcel compôs um texto em homenagem aos artistas de rua, tantos os musicais, quanto as performances teatrais. Como dizia o título: “Show must go on”, ou “O show deve continuar”. 

Eu levei um texto falando em crianças, em infância. E misturei minhas frases com trechos de Tabacaria, de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. 

André se despediu e foi o primeiro a partir. 

Terminadas as leituras, se foi a Marcia, se foi o Rubem. 

Ficamos de papo, eu, Carol, Gian e Marcel. 

Ainda por conta da véspera de feriado, o Apolinário fechou um pouco mais tarde. 

Quando ele fechou, seguimos caminhando pela Cidade Baixa. João Alfredo, até a Joaquim Nabuco. 

Acabamos ficando no Boteco do Joaquim. Bebendo mais um pouco, comendo uns pastéis. 

Conversando. O doce azedume do Gian, a jovialidade da Carol e o quase silêncio do Marcel. 

Gian insistia em falar de algum episódio lendário em que alguém do grupo teria ficado de cuecas em algum estabelecimento da Cidade Baixa, em alguma outra noite boêmia. Ou talvez tenha sido só devaneio do Gian. 

Como talvez seja nossa tradição, ficamos no Boteco do Joaquim até fechar. 


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11/02/2023.

Comentários

  1. O Gian não devaneia. E tem provas. Um dia o mundo saberá... Bom texto, José. . =)

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  2. Comendador, pergunte ao Gian: num módulo da oficina de Crônicas de Viagem na Casamundi, à mesa do Joaquim, num Carnaval passado, vimos passar os ciclistas pelados. Por que será que lembrei disso? :-)

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  3. Como já dizia Carminha, em Avenida Brasil: "Negue, negue, negue, no final negue, até morrer. Se perguntarem mais uma vez, faça cara de surpresa"

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