3 de fevereiro de 2024. Se isso fosse um diário…


Não é um diário. É só um momento de recordações e comentários. Mas bem poderia ser uma entrada em um diário. 

Em 3 de fevereiro de 1925 nasceu minha mãe. Portanto hoje é aniversário dela. Se estivesse neste mundo dos vivos, faria 99 anos. 

Em 3 de fevereiro nasceu meu novo, recente, amigo, Carlos Leão. De fato, não me lembro que idade ele tem, mas, de qualquer forma, parabéns para ele por mais um ano de vida. Sempre é tempo de celebrar a vida. 

Ontem, 2 de fevereiro, foi feriado municipal em Porto Alegre. Feriado religioso, católico: Dia da Senhora dos Navegantes. Também foi aniversário do amigo de longa data, Claudio Machado. Quantos anos? Eu chutaria 63, mas não tenho certeza. Amigo, provavelmente desde 1982, ou seja, há mais de quarenta anos. Se bem que houve aí um longo período sem nos comunicarmos. Não foi briga, são aqueles afastamentos que a vida gera vez por outra. Tudo bem. Hoje voltamos a nos comunicar. 

E assim o tempo passa. 22 de janeiro passado se completaram seis anos desde que minha irmã, a Lúcia, se foi. Há cinco anos parecia uma dor que não passava. Hoje é como uma cicatriz na pele, a gente olha e ela está lá, lembrando de algo que já doeu muito, hoje nem tanto, mas que a gente não esquece. 

A 22 de janeiro segue 23 de janeiro. Uma data que estou tentado fixar. Aniversário de meu cunhado Ilmo. Esse eu sei, nasceu em 1967, um mês depois de mim. Um mês e dois dias para ser mais exato. 57 anos, portanto. Felicitei-o próximo do aniversário. Vale lembrá-lo aqui nestas reflexões. 

Amanhã, 4 de fevereiro, é aniversário da morte de meu pai. Foi em 1990. Portanto já são 34 anos de saudades. 

4 de fevereiro é também aniversário da Rosane, que se tornou a melhor amiga carioca de minha irmã, no período em que Lúcia morou no Rio de Janeiro. Espero que Rosane esteja viva e bem. 

Faz tempo que não comento sobre pessoas famosas recentemente falecidas. Comentarei hoje. 

Em 29 de janeiro passado faleceu a atriz Jandira Martini . Atriz de múltiplas novelas. Talentosa. No seu passamento somos lembrados que além de atriz em teatro, tevê e cinema, ela também foi roteirista. Tinha 78 anos. 

Na quinta-feira passada, 1º de fevereiro, faleceu o ator Carl Weathers. Na minha memória ele é o Apollo Creed, na série de filmes Rocky, estrelados por Sylvester Stallone. Creed, que por aqui, virou Apollo “Doutrinador”. No seu obituário informa que ele trabalhou como coadjuvante em diversos filmes no cinema e na televisão. Também foi diretor. Além disso, um pouco para minha surpresa, soube que ele jogou futebol americano, primeiro no futebol universitário, depois no profissional, nos Oakland Raiders (hoje o time se mudou para Las Vegas e se chama Las Vegas Raiders). Carl Weathers tinha 76 anos. 

Entre os vivos e os mortos, tive um problema de saúde relativamente grave esta semana. Tentando arrumar meu entulhado apartamento, estive carregando livros para lá e para cá. Levando muitos deles para uma estante recém adquirida. Descartando uns tantos outros (livros técnicos obsoletos). Nesse abaixa e levanta, dei algum mau jeito na coluna. De terça a sexta, o problema foi se agravando. A cada dia, a dor nas costas se tornava pior. E parecia que havia uma placa de ferro cravada nas minhas costas que me dificultava ficar ereto. Eu inclusive já estava me imaginando entrevado. Felizmente no pronto atendimento médico me deram uma injeção de anti-inflamatório com cortisona, que foi um tremendo alívio. Mas ainda preciso procurar uma ortopedia na próxima semana. 

Tenho projetos. 

Lançar um livro. Provavelmente em março próximo. Uma coletânea de crônicas, alguns contos, uma ou outra poesia, escritos durante o período da pandemia (2020-2022). Vai ser o meu primeiro livro individual, depois de algumas participações em coletâneas. 

A propósito, como as coletâneas da Oficina Literária Santa Sede tem sido diversão garantida, devo participar de mais uma, com a masterclass de 2024, que homenageia a cronista Cecília Meireles. Importante ressaltar a cronista Cecília Meireles porque ela, me parece, recebeu maior fama como poeta. Por conta dessa oficina, adquiri alguns livros de sua autoria. Examinando o livro Crônicas de Viagem 1, antes de começar a lê-lo, me senti um pouco comovido de ler um livro de uma pessoa que morreu em 1964. Me veio, de novo, aquele pensamento de “mundo, vasto mundo”, e “arte longeva, vida breve”. Noite passada li a crônica de abertura desse livro, que foi escrita em 1941. Chamada A Bela e as Feras, narra uma tourada no México. Longa, quase seis páginas, parece uma reportagem. Chocou-me pelo que pareceu uma barbárie: a execução de touros para deleite da plateia. Outros tempos. A autora narra com relativa objetividade a tourada, ressaltando o que lhe pareceu exótico, como a toureira ser uma adolescente de pele e olhos claros. Espero que as demais crônicas sejam menos sanguinolentas. 

Para não dizer que não falei do clima aqui nessa cidade de Porto Alegre, hoje faz/fez 34º. Bastante calor, depois de uns dias amenos em pleno verão. Dias amenos em que, por cerca de uma semana, as máximas não chegaram a 30º. 

Na noite de 20 janeiro passado tivemos uma tempestade que transtornou a cidade, transformou várias ruas em lagos, derrubou árvores e postes, e causou cortes de energia elétrica. O Rubem Penz comentou em sua crônica semanal. A Martha Medeiros comentou em sua crônica na Zero Hora do fim de semana (24 e 25/01/2024).  A recém privatizada companhia de energia demorou a restabelecer totalmente a energia elétrica. Parece que tempestades desse tipo estão se tornando mais comuns. 

Por aqui termino. Não é uma entrada de diário, mas parece uma. 


03, 06/02/2024.

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