Diário - cinema - A Menina que Roubava Livros


Diário - cinema - A Menina que Roubava Livros


O título é auto-explicativo: "A Menina que Roubava Livros" ("The Book Thief", Estados Unidos/Alemanha, 2013) é um filme, baseado no livro homônimo, de Markus Zusak, sobre uma menina que roubava livros.

E ela rouba o primeiro livro antes mesmo de saber ler, bem no início do filme.

De alguma maneira, o filme me pareceu uma parábola benigna sobre o avanço do nazismo sobre a Alemanha, e as consequências disso sobre a população alemã, que entra num frenesi autodestrutivo.

Pois é um pouco isso que se trata.

Sempre que eu penso na Alemanha, fico pensando numa terra de músicos (Sebastian Bach há muito tempo, ou Beethoven há um pouco menos), de filósofos (Imanuel Kant, Hegel, Marx, ...) e de técnica apurada (BMW e Leica). Estranho pensar que esta pátria dos mais altos valores civilizacionais da humanidade foi a que gerou o nazismo.

E acho que é nesse sentido que o diretor e roteirista nos levam. Talvez seja o mesmo caso do livro, mas o livro eu não li. Em determinado momento do filme, a protagonista, Liesel (vivida pela atriz Sophie Nélisse), canta em um coro de crianças, bastante afinado. Lá está a técnica apurada que eu esperaria dos alemães. E lá estão as crianças vestidas com uniformes nazistas...

Com trechos narrados pela morte (sim, ela mesma, a indesejada das gentes, narra partes do filme), é como uma ilustração. A Alemanha se deixou levar pelo canto de sereia de Hitler, que a leva a morte.

E acho que essa minha grande abstração não estraga o prazer de quem for assistir o filme.
As atuações são contidas, e ninguém se destaca por demais no filme.

Eu fui assistir o filme com baixa expectativa. Pareceu melhor do que eu esperava. Mas não é assim, um filme muito especial. É um filme bom, com momentos muito comoventes.


10/02/2014.

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