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Mostrando postagens de junho, 2025

Minhas lembranças das telenovelas dos anos setenta

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Ou seja, dos anos 1970. Eu diria que meus pais foram bastante liberais com relação a me permitirem acompanhar a programação televisiva noturna nos anos 1970. Isso cabia mais à minha mãe que ao meu pai. O velho sempre dormia muito cedo porque tinha que acordar de madrugada para iniciar sua jornada de trabalho que normalmente iniciava às sete da manhã. Assim, nos tubos dos anos setenta, em preto e branco, eu acompanhava as telenovelas.  No início, a audiência lá de casa era mais ou menos equilibrada, entre as redes Tupi e Globo. Mas com o correr dos anos a Globo ganhou proeminência. Não só lá em casa. Em todo o Brasil. Minha mãe me permitia acompanhar a então novela das oito. Em geral essa novela era protagonizada por um galã, às vezes Tarcísio Meira , às vezes Francisco Cuoco. Acho que Claudio Marzo também, mas ele estrelou novelas mais para o início da década, quando eu era jovem demais para me recordar. Com o decorrer do tempo ainda tivemos o estrelato de Tony Ramos.  Francis...

Diário – leituras – Terapia Cognitivo-comportamental para leigos

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Terapia Cognitivo-comportamental para leigos é um livro que se destina explicar e aplicar a terapia psicológica chamada de cognitivo-comportamental. Neste sentido é um livro de auto-ajuda, um dos bons.  Os autores mostram técnicas para ajudar os leitores em uma série de dificuldades psíquicas nas quais podem se encontrar. Essas técnicas são mais aplicadas a partir da parte 3, capítulo 9, do livro. É quando os autores falam em colocar a terapia cognitivo-comportamental em prática. Há capítulos para medo e ansiedade; adições, isto é, o que é comumente chamado de vícios; transtornos corporais e alimentares; depressão; obsessão; raiva. Acho que o livro ajuda, mas não substitui consultas com um profissional habilitado. Em um país em que a maioria das pessoas não pode investir em sua saúde mental, o livro quebra um galho, mas não é o ideal.  Está dada a dica para quem quer tentar superar problemas psíquicos, mas está curto de grana. Ou para quem quer simplesmente conhecer essa escol...

2025: Janice em Paris

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Era uma vez um menino. Seu nome era João. O ano era 1973. Ele tinha então seis anos de idade. Ou talvez sete.  Naquele ano, a irmã dele, Maria, que era bem mais velha que ele e sua madrinha, anunciou que iria para o Rio de Janeiro. João quis ir junto. A irmã, então uma mulher jovem, não quis levá-lo. João ficou triste. Acho que a palavra é decepcionado. Ele nunca esqueceu. Cresceu um adulto que foi abandonado pela irmã para uma viagem maravilhosa. Aliás, Maravilhosa ainda é aquela cidade.  Era uma vez uma menina. Seu nome era Janice. O ano era 2025. Ela tinha então dez anos de idade. Ou talvez onze.  Naquele ano, a avó dela, também Maria, teve a oportunidade de viajar a Paris. A vó Maria convidou Janice para ir a Paris. De quebra, a tia de Janice, Regina, também iria nessa viagem.  Passaram-se vários anos desde 1973. João se tornou um adulto. Já bem adulto, quase velho, leu a epopeia de Erico Verissimo O Tempo e o Vento. Se impressionou muito com o personagem Rodrigo...

O retorno do imbecil paranoico

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Ah, a delícia de fotografar na rua! Sim, fotografar na rua, mesmo. Fotografar em seu cotidiano. Sentir-se como um turista, ou um explorador, mesmo nas ruas do seu bairro, da sua cidade.  Já devo ter dito que gosto de fotografar desde que minha irmã me emprestou a velha Kodak Instamatic 155X, na primeira viagem que fiz a Gramado lá no início dos anos 1980. Eu acho que até sonhei em ser fotógrafo profissional naquele tempo. Mas acabei desencorajado pelo preço dos equipamentos fotográficos. Preços muito altos para o meu bolso. E ainda havia o custo da revelação e impressão das fotos.  Não me tornei fotógrafo profissional, mas comprei câmeras baratas ao longo da vida e procurei manter registros da minha história e de quem me era próximo.  No início deste século XXI, quando comecei a adquirir câmeras fotográficas digitais, as coisas melhoraram muito. Ficou muito mais simples e barato registrar o cotidiano.  Mas sempre há o imbecil paranoico. Ou sua variante bobinha, o imb...

Cara Maria – XVII – Às vezes bate uma preguiça

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Cara Maria, Lá se foi mais de ano desde a última vez em que te escrevi. Ou, pelo menos, desde a última vez que lembro que te escrevi.  A questão é que às vezes bate uma preguiça. Não aconteceu nada que seja um grande gatilho para iniciar a escrita. E, também às vezes falta transpiração porque mesmo sem inspiração, a gente pode tentar se esforçar.  E assim estava eu quando veio chegando o prazo para escrever. E resolvi escrever como quem escreve uma mensagem. Mais uma.  São dias de frio. Como se o inverno tivesse chegado, mesmo que oficialmente ele só chegue no próximo dia 20. São dias de desempacotar agasalhos, tirar o pó dos aquecedores e acender lareiras (aqueles de nós privilegiados o suficiente para ter lareiras). Tempos em que me lembro da versão brasileira para a animação O Rei Leão, aquela dos anos 1990. “Desde o dia em que ao mundo chegamos / Caminhamos ao rumo do Sol”. Se a ideia da canção era pensar nos seres vivos que se descobrem e descobrem que precisam do So...