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Mostrando postagens de novembro, 2025

Meus eventos de novembro de 2025 – I – Lançamento do livro Intromissivas, homenagem da Oficina Santa Sede a Otto Lara Resende

Tive alguns eventos neste mês de novembro de 2025 e que quero relatar no blogue. O primeiro foi o lançamento do livro Intromissivas, uma homenagem da Oficina Santa Sede de Crônicas ao escritor Otto Lara Resende (1922-1992).  Eu participei da oficina em que escrevemos crônicas inspiradas na obra desse autor mineiro, radicado no Rio de Janeiro. O lançamento, com sessão de autógrafos, foi no dia 2 de novembro, na 71ª Feira do Livro de Porto Alegre. Dia de Finados e um domingo. A peculiaridade desse evento foi que eu não compareci. Tive um contratempo em família, que me impediu. O contratempo se resolveu, mas o evento já estava perdido.  Os eventos de novembro começaram com essa situação peculiar. Não fui ao lançamento do livro de que participei como coautor.  16/11/2025. 

Efemérides de números redondos, mãe

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Oi, mãe. Escrevo em 24 de novembro de 2025. Semana passada comentei com o Emanuel e com a Linda que estavam se completando trinta anos da tua partida. Para citar o chavão, trinta anos de saudades. Trinta anos para eu exorcizar os meus rancores e cultivar as boas lembranças.  E é muito curioso, mãe, que nasceste em 1925 e morreste em 1995. Então nesse ano de 2025, farias 100 anos, se estivesses conosco.  Linda tem uma lembrança muito marcante de ti, da tua intervenção na época do nascimento do Emanuel em 1988. Linda pensa que ela e o Emanuel estão vivos também por causa da pressão que fizeste enquanto ela estava internada se recuperando do parto, e os médicos esperavam que o útero dela expelisse naturalmente a placenta, o que não acontecia.  Acho que a Linda se lembra de tua intervenção para que os médicos agissem para que o Emanuel nascesse. Eu me lembro da tua intervenção pressionando para que fosse feita rapidamente uma curetagem que estancasse a hemorragia a que a Lind...

José Simão, o Paraguai e a bebida adulterada

“ ‘Governo do Paraguai emite alerta sobre risco de comprar bebida adulterada no Brasil.’ Ai que vergonha! Até o Paraguai alertando sobre falsificação? O poste mijou no cachorro!” Trecho da coluna do humorista José Simão , do início de outubro passado. Gente da nossa geração, mais ou menos a minha e a dele, Simão, se lembra de um tempo não muito antigo (para nós) em que boa parte do uísque importado consumido no Brasil era contrabandeado do Paraguai. Às vezes, falsificado. Mas não lembro de notícias que tivesse havido adição de metanol.   16, 24/11/2025. 

Passou um filme

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Estávamos pelas primeiras doses de Jack D’s. Felizes porque havia Jack D’s naquele bar. No bar anterior não tinha.  José me contava de sua mais recente desventura. Depois de uns seis anos desde que a recebera usada, a geladeira dele pifara. Entre as opções de comprar uma nova, comprar uma outra usada ou consertar a estragada, decidiu pela última solução.  O técnico examinou o aparelho e ofereceu um orçamento que José aceitou. Então o mecânico de geladeiras pediu que José a esvaziasse. Os perecíveis já tinham sido descartados um dia antes. Tinham ficado produtos que não estragam com facilidade. Cervejas, refrigerantes, água, chocolate,… Filmes! Sim, filmes fotográficos. Acetato de celulose e afins.  O próprio José se espantou com a quantidade de caixinhas e cilindros que estavam guardados na geladeira, provavelmente desde 2010 ou 2011.  Já que eu manifestei interesse pelo assunto, fotografia, a conversa fluiu.  Ele foi uma criança que se encantou pela mágica a qu...

Mapas

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Porto Alegre, 26 de maio de 2025. Caro Rubem, Esta carta bem poderia tratar de etimologias. Assim, mapa viria do latim mappa, que significaria basicamente pano. No Império Romano, os mapas eram produzidos sobre tecido. O alemão antigo teria incorporado mappa, transformando-a em mappe, onde assumiu o significado atual, derivando então, com variações fonéticas, para outros idiomas, inclusive o nosso. Foi uma IA que informou isso. Não sei se é verdadeiro, mas é verossímil. Esta carta poderia lembrar também de uma oficina literária de que participei há uns poucos anos. Naquela oficina eu e os outros oficineiros tínhamos que escrever crônicas a partir de manchetes de jornal tal qual o saudoso Moacyr Scliar fez por uns tantos anos. A manchete foi publicada no jornal Folha de São Paulo e diz “IBGE lança mapa-múndi de ponta-cabeça e com Brasil no centro”.  Quando um emissor diz que o tal mapa está de ponta-cabeça, já nos informa seu ponto de vista. Ele está com a cabeça extremamente nortea...

Lô Borges (1952-2025)

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No início da década de 1980 entrei em contato com a obra de Milton Nascimento através de amigos. Naquela época, entre esses amigos, estava muito em voga o LP Sentinela. Também naquela época comecei a trabalhar e com a grana dos primeiros salários adquiri o álbum Clube da Esquina 2, então em formato de fita cassete, em um balaio de ofertas da Renner da Otávio Rocha. Foi um álbum de “uau!”. E Clube da Esquina não era só Milton Nascimento. Era Milton Nascimento, era Milton e mais uma turma a qual não prestei muita atenção, mas que estava lá. Ouvi muito aqueles cassetes, que não sei que fim levaram. Lembro muito de Canoa, Canoa, primeira canção do lado B do primeiro cassete.  Depois, não sei quanto tempo depois, adquiri o álbum Clube da Esquina, que, como a nomenclatura indica, precede Clube da Esquina 2. Foi outro “uau!”. E Clube da Esquina não era só Milton Nascimento. Era Milton Nascimento e Lô Borges e Beto Guedes e outros, sem contar o grande Fernando Brant, que usualmente compunh...