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Mostrando postagens de maio, 2025

Diário – balé – A primeira vez em que fui a um espetáculo de balé

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Aconteceu no dia 22 de maio de 2025, uma quinta-feira.  O espetáculo, chamado “We call it ballet: A Bela Adormecida, um Espetáculo de Dança e Luzes”, aconteceu no Teatro do CIEE-RS. Se trata de uma adaptação da história da Bela Adormecida, encenada por um grupo de bailarinas, composto por cinco mulheres e um homem.  Embalado por música clássica, esse espetáculo tem o diferencial de as bailarinas terem fitas de led agregadas aos seus trajes. O show explora muito bem o contraste de luz e sombra. Achei muito impactante a entrada das fadas no início do espetáculo.  O tema em si é sem novidades, uma vez que quase todos conhecem a história da Bela Adormecida.  E foi isso. Por pouco mais de uma hora pude acompanhar um belo show de dança e de leveza. Gostei.  Estão previstas novas apresentações em 20 de julho e 5 de setembro próximos.   . . 28, 29/05/2025.

Cannes 2025, Wagner Moura, Kleber Mendonça Filho

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E, de repente, não mais que de repente, fazendo um eco sem sentido com o Soneto de Separação do Vinicius, eis que o Brasil ganha a Palma de Ouro para ator principal e para diretor em Cannes pelo filme O Agente Secreto. Incrível. Impressionante.  Alguns pensam que este é o país em que se plantando nada dá.  Pois o país de certa elite tosca acaba de receber prêmios em Cannes.  Em janeiro Fernanda Torres havia recebido o prêmio de melhor atriz dramática no Globo de Ouro por sua atuação em Ainda Estou Aqui. Em março, o mesmo filme pelo qual Fernanda Torres foi laureada ganhou o Oscar de Filme Internacional.  Agora Wagner Moura venceu em Cannes como melhor ator, e Kleber Mendonça Filho como melhor diretor. Incrível. Impressionante.  E nem chegamos à metade desse ano incrível, impressionante, de 2025.  Vale repetir meu hino nacional alternativo e íntimo, daquele bardo que nos deixou precocemente em 1996. “Vamos celebrar a estupidez humana A estupidez de todas as ...

Maio de 2025: a despedida de Mujica e veranico parte 2

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Eu estava em Montevidéu em março de 2015, quando terminava o mandato de José Mujica na presidência da República Oriental. Gosto muito del paisito ao sul do Rio Grande do Sul, e de sua capital, que fica a uns 850 quilômetros de Porto Alegre.  Naquela ocasião achei comovente como parte da população montevideana se manifestava nas ruas no momento da transferência de poder. Por conta das peculiaridades da política uruguaia era como uma espécie de devolução. Mujica havia recebido o poder de Tabaré Vásquez em 2010, e agora o repassava ao mesmo Tabaré, cinco anos depois.  O tempo a todos nos consome. Tabaré Vásquez concluiu seu segundo mandato presidencial e faleceu seis meses depois, em decorrência de um câncer.  Dentro da política uruguaia, José Mujica foi de militante do Partido Nacional, de direita, até senador e presidente da república pela Frente Ampla, de esquerda, tendo aderido à luta armada nos anos 1960.  Contudo é claro que ele adquiriu a proeminência que adquiri...

Diário – leituras – O seu terrível abraço

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Neste livro, O seu terrível abraço, Tiago Ferro conta a história de um homem de classe média, ou classe média alta, que vive, mais ou menos, como diria Caetano, a dor e a delícia de ser um homem branco de classe média ou classe média alta, na cidade de São Paulo nesses meados do século XXI.  Talvez devamos pensar mais em dor, pois essa é a ênfase que o autor coloca sobre o protagonista. A narrativa fragmentada, entrecortada, reflete sobre as questões de moradia, a educação ou a falta dela, a violência, os pequenos privilégios desse homem, que é representativo de toda uma classe brasileira.  Em geral um ser humano não é apenas sofrimento, mas neste livro parece que tudo faz o personagem sofrer. E o desconforto do personagem é transmitido para o leitor. E é representativo do desconforto de muita gente neste país. Quando terminei de ler o livro fiquei me perguntando se ele era ruim mas era bom, ou se o livro era bom mas era ruim.  Quem quiser enfrentá-lo, que tire suas própr...

Diário – leituras – Gaiola de esperar tempestades

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É comum que eu leia um livro e deixe-o sobre a mesa para escrever um registro da leitura. É comum também que se passe um tempo entre o final da leitura e a tal escrita do registro.  Neste livro, Gaiola de esperar tempestades, por exemplo, o período já se aproxima de dois meses.  Gaiola de esperar tempestades, de Gabriela Richinitti, conta a história de Charlotte e Leona. São duas jovens universitárias que se encontram nas noites de sexta-feira na Rodoviária de Porto Alegre para pegar o ônibus que as leva de volta aos seus lares no Vale do Taquari, depois de passarem a semana estudando na capital.  Anos depois, ambas já formadas, Charlotte advogada, Leona jornalista, e perdido o contato, Charlotte resolve saber o que aconteceu com a antiga parceira de viagens noturnas.  É um livro que fala de relacionamentos, caminhos tomados na vida, reflexões sobre para onde esses caminhos nos levam.  Se Charlotte é a protagonista e narradora, Leona é essa figura algo enigmátic...

Maio de 2025: o veranico, o novo Papa e as bergamotas

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Escrevo na noite de domingo, 11 de maio.  Na sexta-feira uma frente fria trouxe chuva a Porto Alegre. Com isso acabou-se o que bem poderíamos chamar de veranico de maio. De fato, não vi ninguém comentar, embora certamente muita gente tenha comentado. Foram dias em que a temperatura máxima chegou próxima de 30º. Eu gosto de brincar que deveríamos chamar essa ocorrência de primaverica de maio, em lugar de veranico, uma vez que os dias amanhecem relativamente frios; faz calor de suar no início da tarde; e volta a esfriar ao anoitecer.  Talvez possamos chamar de o primeiro veranico de maio de 2025. Apesar dessa frente fria recente,  desde a sexta-feira, 9, há previsão de que no próximo sábado, 17, a temperatura chegue novamente próxima de  30º. E assim seguimos. Como dizia um amigo parodiando Euclides da Cunha, “o gaúcho é um forte”. Depois completava, jocoso, “principalmente entre aqueles que conseguem sobreviver”.  De qualquer maneira, melhor calor que frio. Pelo ...

Diário – show – Kevin Johansen e Liniers: Canções e desenhos

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Dia 8 de maio passado, eu estive no Auditório Araújo Vianna, aqui em Porto Alegre, para assistir ao show Canções e desenhos, do cantautor americano-argentino (mais argentino que americano) Kevin Johansen, associado ao cartunista Ricardo Siri, mais conhecido como Liniers. Em espanhol o nome do show deve ser algo como Kevin Johansen y Liniers: canciones y dibujos. É curiosa essa minha relação com Kevin Johansen. Como já disse antes , o descobri no meio de uma série de vídeos sobre o uruguaio Jorge Drexler. A canção apresentada naquele momento foi Desde Que Te Perdí. Me tornei fã, quis assistir a um show dele.  A princípio, eu iria a um show em Buenos Aires em maio de 2020. Aí veio a peste e esse projeto acabou cancelado. Dois anos depois, ele lançou um novo álbum e fez show em Montevidéu. Eu fui a esse show. E não pensava em ir a uma segunda apresentação de Kevin Johansen, em especial porque ele não é popular no Brasil como é Jorge Drexler, que para cá retorna periodicamente. Eu não ...

Cara Carol – IV: um ano se passou

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Porto Alegre, 3 de maio de 2025 Cara Carol, É outono em Porto Alegre. Dias outonais como talvez devessem ser; ou como eu os imagino. Dias de se vestir como cebola. De início as manhãs frias e as roupas quentes. Ao longo da manhã o tempo de ir se desagasalhando; até a metade da tarde. E então pensar em voltar a agasalhar-se.  Nestas manhãs, tenho acordado com o canto de passarinhos. Inclusive parece que esses passarinhos ficam mais animados no outono do que no verão. Nas primeiras horas das manhãs de verão parecia que tudo era silêncio.  Têm sido dias ensolarados. Dias da luz de outono. Mesmo que caminhemos para dias de menos luz solar.  Já se passou um ano do início da catástrofe climática que atingiu Porto Alegre.  Lembras como foi o teu choque com a situação? O meu choque foi pelos vídeos que chegavam compartilhados através do aplicativo de mensagens. Primeiro ao nível do chão. Imagens de um ônibus rodando com dificuldade pela Mauá; esse ônibus quase navegava. Depo...

Diário – show – Ultramen

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Dia 3 de maio passado, um sábado, foi dia de ir conhecer o Grezz Bar – que pode ser considerado um jazz club – ali na Almirante Barroso, entre a Farrapos e a Voluntários. Naquele dia e naquele lugar aconteceu um show da banda gaúcha Ultramen.  Não há muito mais a dizer. A Ultramen  é uma banda que iniciou nos anos 1990. Ela mistura rock e hip hop, o que me fez lembrar um pouco a banda estadunidense Linkin Park. O show começou com a reprodução da velha canção de abertura do seriado japonês Ultraman, que alguns de nós assistimos na TV, no meu caso em preto e branco, nos anos 1970. Depois a Ultramen desfilou seus sucessos por cerca de duas horas. O público no Grezz esteve bastante animado e eu achei a apresentação bastante divertida.  E foi isso. Para o registro.  . . 04, 05/05/2025.