Desde o ano passado que não houve artigo da revista Piauí que me tenha chamado a atenção. Contudo na edição 141, de junho de 2018 , fui surpreendido por uma seleção de poemas de Abbas Kiarostami. Nas minhas ideias, eu pensava que Abbas Kiarostami era somente um cineasta iraniano. E confesso que não assisti a nenhum de seus filmes. Agora a revista Piauí publicou um conjunto de poemas de Kiarostami, que achei muito bons. Os poemas de Kiarostami são influenciados na forma pelo "Haikai", ou "Haiku". Estritamente parece que Kiarostami não segue a forma estrita do haikai - três versos, dezessete sílabas, uma estrofe com cinco, uma com sete, outra com cinco -, mas se inspira na concisão, e na apresentação de poemas sem títulos. A tradução, ou recriação, para o português é de Pedro Fonseca, e a promessa é que saia um livro em agosto próximo, como o nome provisório de "Nuvens de Algodão". Abaixo alguns dos que mais chamaram a atenção: -----------
Viver traz perdas. Quanto mais vivemos, mais perdas vamos tendo. É um clichê, é um truísmo. Até que nós mesmos chegamos ao fim. Tenho inventariado as pessoas que partem. Deixam-me . Há pouco mais de um ano, se foi a Barbara Sanco . Há poucos dias, se foi Jussara Fösch. Trabalhamos na mesma área em processamento de dados por mais de vinte anos. Nos últimos dez ou doze anos de trabalho, ficávamos praticamente um de frente para o outro. Muito chimarrão ela me ofereceu antes da pandemia condenar as cuias compartilhadas. Era uma convivência em geral boa. Tivemos nossos atritos, mas mais nos ajudávamos que brigávamos. De fato, essa é uma das principais lembranças, a colaboração nos projetos que precisávamos desenvolver. E conversas. Muitas conversas. Entre colegas sempre se conversa sobre salários, sobre o sistema de promoções da empresa, sobre apadrinhamentos (ou não). Sobre outros colegas (ou não). Em todo grupo social há o ditado que, se você não comparece a uma reunião, pode se tornar
O tempo não dá trégua. A gente pisca e se passou um período muito mais longo do que a gente imaginava. O evento a respeito do qual eu quero fazer um breve relato aconteceu há quase três semanas. Eu estava pensando comigo mesmo que eram quase duas semanas. O tempo é inclemente, assustador. Mas talvez isso seja a fim com o que ocorreu dia 3 de agosto passado. Falo do lançamento, com sessão de autógrafos, do livro A Voz dos Novos Tempos, uma nova publicação da Editora Santa Sede, a partir de uma oficina literária derivada das oficinas literárias, digamos, mais comuns da Oficina Literária Santa Sede e suas crônicas de botequim. Neste caso, a ideia foi juntar um grupo de cronistas que tivessem sessenta ou mais anos de idade. Autoras e autores são Ananyr Porto Fajardo, Andréa Aquino Ferreira, Ângela Puccinelli, Eugênia Câmara, Graciella Tomé, Iara Tonidandel, Jane Maria Ulbrich, João Luiz de Mello, Jorge Luiz Bledow, Maria Helena Schirmer Mattos, Nelson Ribas, Raul Tartarotti, Silvio Silbe
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