Jorge Drexler - Salvavidas de Hielo - 21/04/2018



Neste sábado, 21 de abril de 2018, Dia de Tiradentes, aconteceu o show de Jorge Drexler, na turnê "Salvavidas de Hielo", seu mais recente disco. 

Passavam poucos minutos das 21h quando Drexler veio ao palco para anunciar o cantor Ian Ramil. O gaúcho tocou e cantou, só ao violão, algumas de suas canções, incluindo "Artigo Quinto da Constiuição". Acho que o nome era esse. Pouco depois das 21h30min, Ian Ramil deixou o palco.

Mais alguns minutos entraram no palco, Jorge Drexler e os músicos que o acompanham na atual turnê. 

O show abriu com "Movimiento", justamente a música que abre o novo disco (disco? cabe aqui esta palavra? Bom, eu comprei um CD, mas acredito que a maioria das pessoas que compraram, se compraram, tenha adquirido as músicas das plataformas de venda da Apple e do Google).

Drexler interage bastante. Agradeceu, de joelhos, a acolhida porto-alegrense, com ingressos para esse show em abril, esgotados lá por novembro do ano passado. 

Explicou sobre o farol em Cabo Polônio, no Uruguai, antes de cantar "12 segundos de oscuridad", música do disco anterior, de mesmo nome. Sobre essa canção falou ainda da parceria com Vitor Ramil. 

Trouxe à plateia, as memórias de juventude que inspiraram "Estalactitas". 

Explicou que o refrão da "Milonga del Moro Judío", do disco "Eco", não é dele. Comentou que tentou compor a música em décimas poéticas, mas que errou as sílabas. 

Contou a história da família, da fuga da Alemanha Nazista para a Bolívia, em 1939, inspiração da música "Bolívia", do disco "Bailar em la Cueva". 

Falou do desaparecimento dos Glaciares de Mérida, provavelmente por conta do aquecimento global, antes de cantar "Despedir a los Glaciares". 

Na cenografia do show, há um círculo cortado por seis linhas. Poderia ser uma representação da lua, ou de um pôr-de-sol. Antes de cantar "Asilo", ele explica que aquele círculo é a "janela" de um violão (a boca do violão), como se músicos e plateia estivessem dentro do violão. O sentido disso, segundo Drexler, é que durante um show como aquele, músicos e plateia entram num acordo, de suspensão da vida fora dali. Como se todos compartilhassem de um asilo. 

Enfim, com tanta interação, o show vai a mais de duas horas fácil. E isso não é uma reclamação, pelo contrário. O show poderia ir além, tranquilamente.

A única composição que não era dele, foi "Você Não Entende Nada", de Caetano Veloso. 

A parte principal do show se encerrou com a música "Silêncio". 

Para o bis, "Telefonía", "Bailar em la Cueva", "La Luna de Rasquí" e "Quimera".

Jorge Drexler é um cara animado. Dança, se requebrando. E na hora do bis, teve um momento em que se lançou no meio da plateia no gargarejo. 

É o segundo show dele a que assisto. Ambos foram muito bons. 


Setlist do show: https://www.setlist.fm/setlist/jorge-drexler/2018/auditorio-araujo-vianna-porto-alegre-brazil-4bec1f36.html


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Ian Ramil
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Jorge Drexler
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Drexler e músicos
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23/04/2018.

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