Um Comentário sobre o Super Bowl LI


Um Comentário sobre o Super Bowl LI


O Super Bowl LI (isto é, "51") aconteceu dia 5 de fevereiro passado, em Houston, Texas, opondo New England Patriots, campeão da conferência americana ("AFC") ao Atlanta Falcons, campeão da conferência nacional "NFC").
Ao contrário de anos recentes, resolvi assistir à decisão em casa, em vez de ir ao cinema. Durante os jogos de "playoff", isto é, semifinais e finais de conferência, eu havia achado que o time de Atlanta vinha muito bem, com um leve favoritismo. Simpatizante dos Patriots que sou, não quis ir ao cinema ouvir gracinhas dos torcedores adversários.
Atlanta foi muito bem nos "playoffs" como eu disse. Venceu Seattle Seahawks por 36 a 20, e o Green Bay Packers por 44 a 21, sendo que esta última vitória, contra Green Bay, foi muito convincente. O que marcou o favoritismo de Atlanta, segundo o meu julgamento.
New England passou por Houston Texans (34 a 16) e Pittsburg Steelers (36 a 17) para chegar ao Super Bowl. Foram vitórias tranquilas mas contra times que tiveram desempenho menor que Seattle ou Green Bay. Mais um motivo pelo qual eu achava Atlanta favorito.
O jogo começou tenso.
Um jogo de futebol americano tem duas metades, cada uma delas divididas em dois quartos. O primeiro quarto não teve marcação de pontos.
No segundo quarto, Atlanta deslanchou, foram dois touchdowns de ataque, mais um pela defesa. No final New England fez um field goal e descontou. Resultado do primeiro tempo: Atlanta 21, New England 3. O favoritismo que eu havia previsto estava acontecendo.
Logo no início do terceiro quarto, Atlanta faz mais um touchdown. 28 a 3, o jogo parecia decidido.
Antes do final do terceiro quarto, New England ainda fez um touchdown, mas o chutador Stephen Gotkowski errou o extra point. 28 a 9 para o início do quarto final.
No quarto quarto praticamente só deu Patriots. Primeiro com um field goal de 33 jardas, por Gotkowski. Depois com 8 pontos, por conta de uma bola perdida por Atlanta em seu próprio campo. Os Patriots fizeram 6 pontos com Amendola, e depois mais 2 com James White. 28 a 20. Faltavam cerca de 6 minutos para acabar o jogo.
Então Atlanta teve a chance de acabar com o jogo. Com rápidas jogadas, Matt Ryan conseguiu colocar seu time a 22 jardas do campo de ataque. Se pontuassem então, ficaria muito mais difícil para os Patriots virar o jogo. Ficaria no mínimo 31 a 20. Contudo, por conta de uma série de faltas, o time de Atlanta andou para trás, e, em lugar de fazer pontos, teve de devolver a bola.
Faltavam três minutos e meio para o fim do jogo. Aí, New England começou a acertar, e Atlanta não conseguia se defender de maneira efetiva. Houve inclusive uma "jogada mágica", com Julian Edelman aparando uma bola entre as pernas de três defensores de Atlanta. No final mais 6 pontos por White, e 2 por Amendola. 28 a 28. Fim de jogo, definindo uma prorrogação, pela primeira vez em uma partida de Super Bowl.
Os Patriots venceram no cara ou coroa, e começaram com a bola. E em cinco jogadas, os Patriots chegaram à área de pontuação. Depois de um passe incompleto, James White conseguiu completar um touchdown, o que decretou a maior virada da história do Super Bowl, e a morte súbita de Atlanta. 34 a 28. Fim de jogo. Patriots campeão do Super Bowl LI.
Quando o jogo terminou eu não conseguia acreditar. Foi uma virada impossível. Ou quase.
O que aconteceu?
As explicações mais comuns passam pelo cansaço, principalmente da defesa de Atlanta, e pelo fato de New England nunca se dar por vencido. Isso teria feito com que no quarto final do jogo o momento psicológico passasse aos Patriots.
Enfim, explicações não dão conta do que foi o jogo. Só quem assistiu tem ideia do que viu.

27/02/2017.

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