Samsung WB350F, uma câmera parceira, para além do celular


Samsung WB350F, uma câmera parceira, para além do celular


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Eu tenho algumas câmeras fotográficas. Algumas digitais, e ainda algumas de filme. Isso é uma espécie de desrecalque. Na minha infância, adolescência, e até início da vida adulta, era muito difícil adquirir uma câmera. Assim, como desrecalque, me tornei um colecionador. Adquiro alguma, vendo outra, e assim vou.


E procuro sempre carregar uma comigo. Isso tem algum ônus. Se eu quero carregar uma câmera, eu preciso carregar uma câmera, um peso a mais para o dia a dia. De forma que gosto de testar para ver o melhor custo benefício.


Para a melhor qualidade de foto, o melhor seria levar uma câmera SLR - “single lens reflex”, as câmeras em que é possível trocar a lente, e que tem sensores de imagem maiores, além da possibilidade de ajustes manuais. Há as semiprofissionais, com sensor “APS”, e as profissionais com sensor “full frame”. Estas tem a melhor qualidade de imagem, mas tem dois grandes inconvenientes, ou três. Uma é que elas costumam ser volumosas, grandes para carregar no dia a dia, se a pessoa não é um fotógrafo profissional. Além disso, elas são mais caras, as profissionais (“full frame”) são extremamente caras. E obviamente, pelo seu tamanho chamam bastante atenção, inclusive dos ladrões de ocasião que ficam à espreita. Uma câmera SLR sempre precisa de uma bolsa para ser carregada. Exemplos destas câmeras: Nikon D3200, Canon T5, Canon 7D.


Existe uma categoria abaixo, a das câmeras “mirrorless”, isto é, sem espelho. Este texto não vai explicar a mecânica das câmeras fotográficas. Neste caso, elas são parecidas com as SLR, mas não usam um espelho para mostrar a imagem a ser focada pelo fotógrafo. Elas também tem a possibilidade de trocar as lentes, e normalmente usam sensor APS. Em relação às SLR, elas costumam ser um pouco menores. Mas ainda me parecem exageradamente vistosas. Exemplo: Sony NEX C3.


Abaixo destas existem as câmeras chamadas de “micro four thirds” (ou micro quatro terços, referência ao tamanho do sensor). Seriam como as “mirrorless”, mas um pouco menores, por conta do sensor, também menor. Também podem ter as lentes trocadas. Estas já são mais discretas. Mas ainda as acho meio desengonçadas. Exemplo: Olympus PEN EP1.


E temos as compactas, que tem lente fixa, embora, com “zoom”. Estas costumam ser pequenas, bastante portáteis, mas com seu sensor minúsculo, tendem a comprometer a qualidade da imagem. Exemplo: Sony DSC-W800.


Ultimamente as câmeras digitais compactas estão sofrendo a concorrência dos telefones celulares de média e alta qualidade, cujas câmeras tem produzidos imagens compatíveis com as produzidas por câmeras compactas. Vale inclusive para o Motorola Moto G, um telefone que não é top de linha, e tem sido bastante vendido.


Dito tudo isso, tenho usado muito uma câmera da Samsung, o modelo WB350F. Ela é uma câmera compacta, com um “zoom” bem longo, “21x”, que seriam equivalentes a um alcance de 23 a 483mm numa câmera de filme. Para fotografia, digamos, ao nível do chão, é raro que eu use um zoom maior que 5x com câmeras digitais.


A qualidade da imagem dela é provavelmente pior que a da Samsung NX3000, um modelo “mirrorless” do mesmo fabricante, mas, nas condições de iluminação diurna a qualidade é suficiente, quando fazemos o teste de olhar a imagem “pixel a pixel”, isto é, quando da visualização de imagem, pedimos ao software que mostre a imagem com 100% do tamanho.


Tem ajustes manuais para quem quiser ir além do modo totalmente automático. Contudo, no modo de “prioridade de abertura” (o fotógrafo estabelece a abertura do obturador, e o fotômetro da máquina estabelece a velocidade), o modo que mais gosto de usar, o foco não se ajusta se o zoom é esticado para mais de 10x.


Nas fotos noturnas ela tende a sofrer nos ajustes automáticos, pois aumenta o ISO automaticamente, gerando “ruído” na imagem. A imagem fica borrada com pontos, e com menos detalhes.


Enfim, ela tem um zoom ótico que celulares não tem, e o principal, é pequena para caber num bolso de camisa, quando desligadas.


Se tornou a minha companheira da maioria das ocasiões, inclusive tendo sido levada para minha mais recente viagem de férias. Lá demonstrou também boa capacidade de carga. Usada de maneira geral ao longo do dia, só consumiu a carga completa da bateria num dia em que resolvi filmar algumas coisas.


Enfim, se tornou a parceira ideal para a maioria dos momentos.


Se falta alguma coisa nela? Mais de uma: eu gostaria que ela tivesse um visor ótico, pois sob a luz do sol, nem sempre é fácil fazer foco a partir da tela de LCD da câmera. Seria legal que esse visor de LCD fosse articulado, como em alguns modelos de câmera. Eu gostaria também de um sensor um pouquinho maior, como, por exemplo, o das Canon Powershot série “G”. E se não fosse pedir muito, seria bom a possibilidade de ajuste de foco manual.  Quem sabe os engenheiros da Samsung pensam nisso no futuro? Até porque as câmeras digitais Samsung evoluíram muito nos últimos dez anos.



17,23/03/2015, 17/06/2015.



Comentários

  1. Oi, Zé!
    Tudo vai da necessidade ou do gosto do freguês. Sou daquelas que sempre lastimo por não estar com uma câmera... Mas admiro quem se precave ou que tenha tanto amor pela fotografia que não se importe de no dia a dia andar munido de parafernálias. Nessa de andar sem lenço tenho perdido de registrar muitas paisagens lindas.
    Beijus,

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    Respostas
    1. Bah, Luma.
      Acho que para casos assim, um celular razoável dos atuais resolve a maioria das situações.
      Bjs.

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