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Auto-Escritor

"Amanhã tenho que passar na editora". São mais ou menos essas as palavras de Paulo, personagem de Carlos Heitor Cony, no livro "Pessach, A Travessia". Um escritor tendo um escritor como personagem é quase metalinguagem.  Mas frase veio recorrentemente à minha mente neste final de 2018.  Um motivo era que a Editora Metamorfose me pediu para retirar os volumes a que teria direito, por conta da antologia "Palavras de Quinta", publicada num sistema de compartilhamento de custos.  Quase simultaneamente, tinham acabado os volumes que eu tinha comigo, de outra antologia em que participei, a "Santa Sede 7, Crônicas de Botequim" (2016) , e entrei em contato com a Editora Buqui, para adquirir mais, já que os autores participantes da antologia podem comprá-los com um bom desconto.  E, de repente, no meio dessas necessidades, acabei realmente por me sentir um escritor. Alguém que já teve textos publicados em livro. Foram três antologias até agora. A...

Pausa de final de ano 2025

O blogue faz uma pausa nos próximos dias e deve retornar em meados de janeiro de 2026.

A ternura dos ursos pardos

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Como se sabe, ursos pardos fizeram parte do Presépio.  Estavam lá junto com as vacas, as cabras, as ovelhas, os burros, os camelos, galinhas e galos. À época já eram domesticados. Não é possível esquecer que uns novecentos anos antes do nascimento de Jesus, após uma maldição do profeta Eliseu, ursas mataram 42 rapazes naquela parte do mundo.  É isso que explica a onipresença de ursos por todo lado aqui no sul da América do Sul, nesta nossa valerosa Porto Alegre.  Posam sentados, com seus, talvez três metros de altura. Sorrisos discretos. Muitos com toucas de Papai Noel.  Estão espalhados pelas lojas da principal rede de supermercados da região. E também na porta dos principais shopping centers.  Fazem companhia aos papais noéis, estes com seus casacos vermelhos e botas para frio. Muito afim com o verão que acompanha o Natal no hemisfério sul do mundo.  E aí é que está. Os ursos estão por todo lado, mas as demais figuras do presépio foram esquecidas.  N...

Um evento em dezembro: confraternização de fim de ano da Oficina Santa Sede

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Para o registro no blogue: estive na confraternização de final de ano da Oficina Santa Sede, Crônicas de Botequim. Aconteceu dia 5 de dezembro passado, no Mosaico Cultural, onde também vêm sendo realizadas as reuniões/aulas da oficina. O Mosaico Cultural fica na Travessa Octavio Correa, 39, Cidade Baixa, aqui em Porto Alegre.  Foi um momento de confraternizar e trocar livros no tradicional amigo secreto ad hoc. Rubem Penz, o organizador da oficina, fez o balanço de atividades do ano. Foram diversas oficinas com diversos encontros. Três livros coletivos publicados. Mentir para menos, o livro da chamada safra 2025. Calafate, coletânea de crônicas-conto inspiradas pela obra folhetinesca de Nelson Rodrigues. Intromissivas, o livro da masterclass, que homenageou Otto Lara Resende. Além disso houve a publicação das obras solo de Iara Tonidandel, Quando o chão tremer… Voe; e de Edgar Aristimunho, com o livro Hospitalares.  Houve ainda um jubilamento. Foram comemorados os quinze anos ...

Bizarrices de uma instituição financeira

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Recebi uma fatura de cartão de crédito. O cartão de crédito da fatura estava cancelado já havia alguns anos. O valor da fatura era negativo. Ou seja, a fatura não precisava ser paga.  Contudo a situação esdrúxula me fez entrar em contato com a instituição financeira emissora do cartão. Como sabemos, os bancos vivem da usura. E os problemas que causam aos clientes costumam ser recorrentes e conhecidos. Emissão de cartões de crédito não solicitados; débitos indevidos e de históricos desconhecidos em conta; venda de produtos que já temos ou não precisamos, em especial seguros ou títulos de capitalização.  Minha história com essa instituição aconteceu há uns quatro ou cinco anos e foi de alguns desgostos.  Começa com a solicitação de um cartão de crédito que oferecia “cashback” quando isso era novidade (“cashback” significa “dinheiro de volta”, mas falar “cashback” parece soar melhor para nós que “dinheiro de volta”. “Cashback também soa melhor que “desconto”). Ou, pelo menos...

Despedida do livro Escuta essa voz

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Em breve devo passar adiante o livro Escuta essa voz, de Cleo de Oliveira. Trata-se de um livro de contos, que adquiri lá por 2016.  Não lembro de muita coisa, mas algo que me marcou é que as histórias eram, talvez, menos violentas do que eu estava acostumado a ler em livros de contos. Essas pequenas histórias que tem a sua tensão e o seu drama. Sim, algumas histórias do livro são violentas, mas na minha lembrança não são a maioria.  Comigo ele já cumpriu sua função principal: ser lido.  OLIVEIRA, Cleo de. Escuta essa voz: contos. Porto Alegre: wwlivros, 2015. . . 04, 15/12/2025. 

09/12/2025: sem publicação

O blogueiro metido a cronista está de folga.  Se tudo der certo, uma nova crônica deve ser publicada em 16 de dezembro de 2025. 

Meus eventos de novembro de 2025 – IV – Um sábado no 12º Festival do Japão no RS

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Tive alguns eventos neste mês de novembro de 2025 e que quero relatar no blogue. O quarto evento foi o 12º Festival do Japão no Rio Grande do Sul.   O Festival do Japão no Rio Grande do Sul já se tornou uma tradição como se pode notar, afinal algo que se realiza pela décima segunda vez já deixou de ser provisório. Esse evento anual que, se não me engano, começou na área da Academia da Brigada Militar, na Avenida Aparício Borges, está acontecendo faz três anos no Parque de Exposições de Esteio. A edição ocupou três pavilhões do local. O Festival celebra a cultura japonesa, tanto a milenar quanto a recente. Isso significa, por exemplo, que há apresentações de taikôs, os tambores japoneses, e artes marciais, como o kendô. E também a recente cultura pop japonesa, como karaokê, e personagens de mangás e animes (animês?),  e filmes e séries com monstros e super-heróis. Muitos “cosplayers”, isto é, pessoas fantasiadas como personagens dessa cultura pop japonesa.  O Festival...