Dia 5 passado faleceu o escritor e jornalista Carlos Heitor Cony. Eu devo ter começado a ler seus textos muito tardiamente, na Folha de Sâo Paulo, possivelmente no final dos anos 1990, ou início dos 2000. Isso levando em consideração que ele escrevia desde a década de 1950. Na faculdade acabei por conhecer o livro "O Ato e o Fato", com crônicas escritas durante a década de 1960, denunciando a então nascente ditadura militar brasileira. Li algumas das crônicas do livro. Me lembro em especial de uma em que Cony denunciava que as equipes que iam prender subversivos, eventualmente "apreendiam" também eletrodomésticos da casa desses subversivos. Coisas daquele tempo. Mais recentemente li "Quase Memória", livro que mistura romance, com memorialística, e uma grande homenagem ao pai de Carlos Heitor, o também jornalista Ernesto Cony. Carlos Heitor Cony chegou a provecta idade, 91 anos, e fazia tempos se tratava de um cãncer linfático. S...