Diário - teatro - Marxismo, ideologia e Rock'n Roll


Diário - teatro - Marxismo, ideologia e Rock'n Roll

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Sábado passado, 8 de junho, fui ver a peça "Marxismo, Ideologia e Rock'n Roll", adaptação de Luciano Alabarse e Margarida Peixoto para a peça "Rock'n Roll" do dramaturgo tcheco-britânico Tom Stoppard, no Teatro São Pedro.

A peça abarca um arco temporal que vai de 1968, ano do fim da chamada "Primavera de Praga", um movimento reformista dentro da Tchecoslováquia socialista, até 1990, ano em que a antiga "Cortina de Ferro", de países do oriente da Europa com regimes socialistas, praticamente deixou de existir, e ano em que os Rolling Stones realizaram um concerto na Tchecoslováquia. E as personagens estão no circuito Cambridge/Inglaterra-Praga/Tchecoslováquia.

Contrapõe um jovem tcheco e idealista que estudava em Cambridge a um professor britânico alinhado com o socialismo existente então no leste da Europa. E idealiza o papel do rock and roll na abertura dos regimes, em especial na Tchecoslováquia.

A montagem do espetáculo inclusive distribuiu um prospecto (que se transforma em cartaz da peça), onde tenta explicar um pouco do contexto histórico, o que é bom, porque nesses 22 anos que se passam na peça muita coisa aconteceu no mundo. E a peça ainda dá um certo destaque para Syd Barrett, roqueiro fundador do Pink Floyd, e que abandonou o grupo em 1968, por conta de problemas de saúde mental.

Foi uma boa montagem. Os atores são bons. A iluminação funcionou bem. Houve uma maneira de manter os espectadores inteirados sobre o momento histórico que acontecia. A solução técnica para o envelhecimento das personagens no correr do anos foi muito boa. O final da peça deixou a desejar.

Em todo caso, uma boa montagem. Seria interessante que a peça saísse em turné pelos teatros do interior do estado.



11/06/2013.


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